Fotos: Fernando Ribeiro
Saias (título provisório)
"Invisível
És invisível?
Consegues ver-me? Consigo ver-te?
Consegues ver o meu outro lado?
Estás aí?"
Se os poros da nossa pele são como as janelas das nossas casas, o que é que vemos quando espreitamos?
Em "Saias", a pele é o tema principal. A pele do nosso corpo e das nossas roupas, a pele como casa, identidade ou planeta.
Este universo em camadas é representado por uma "instalação impermanente", onde o público é convidado a escolher o seu próprio espaço e tornar-se parte da epiderme da peça.
Dois bailarinos guiam-nos numa viagem através deste "espaço de saias". Procuram formas de se conhecerem um ao outro, de se oferecerem e de esconder os seus segredos. Com as suas vozes, contam estórias sem palavras, criando a banda sonora que reverbera na sala. O resultado é uma imagem sensual. Às vezes frágil, às vezes desafiadora . Mas sempre com paixão e humor.
O que vemos então, quando espreitamos? Talvez beleza, liberdade ou protecção. Ou talvez não vejamos nada. É a curiosidade que entra na nossa pele.
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